sábado, 15 de dezembro de 2007

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O projeto Biogás, da Escola Estadual São Francisco Xavier, de Abaetetuba, foi classificado em primeiro lugar na categoria Energia e Transporte, na Milset, uma feira internacional de ciências que aconteceu agora em julho, em Durban, na África, onde concorreu com outros 40 projetos na categoria. O professor Gilberto Luis Souza da Silva, orientador do projeto, e o estudante José de Souza Ribeiro Filho receberam o prêmio em Durban, de onde regressaram nesta semana. Além de José Ribeiro Filho, também participou do projeto o estudante Malaliel Pinheiro Costa. O projeto do Biogás consiste na decomposição de material orgânico para a produção de gás metano, a ser usado como fonte de energia. A idéia é recolher as fezes que seriam despejadas nos rios da cidade, com a instalação de um mini sistema de fossas biológicas, que alimentariam um biodigestor, responsável pela transformação do material em gás metano, que posteriormente seria engarrafado para ser convertido em gás de cozinha. O ineditismo e a sustentabilidade são as principais características do projeto que já ganhou reconhecimento em várias feiras de ciências brasileiras e agora, na feira internacional de Durban. “Além de pensar numa saída para evitar a poluição dos rios, o produto final, o gás de cozinha, visa eliminar o uso do carvão à lenha, e a matéria orgânica ainda se torna adubo”, destacou o professor Luis Silva.O projeto foi exposto na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia 4 e 5, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo; na Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), da Fundação Liberato da Cunha, em Novo Hamburgo-RS e na Feira de Ciência de Educação Básica (Fenaceb), em Belo Horizonte-MG. A participação na Mostratec credenciou o projeto a ser exibido na Milsete de Durban. No próximo sábado, a equipe viaja para Chapada Diamantina na Bahia para receber o prêmio oferecido pela Votorantim, conquistado na Febrace 5, que ocorreu em março deste ano. “Foi muito importante nossa participação na Milset, pois percebemos que não é só através do esporte que podemos reunir nações, mas também através de uma Feira de Ciências”, disse o professor. A união entre professores e alunos de países e aldeias que se encontram em conflitos foi outro fato marcante para o professor e o estudante José, que falou o inglês fluentemente com os demais participantes de escolas de 60 países do mundo inteiro. O projeto agora espera por verbas para ser implantado na cidade em uma área de ribeirinhos. O investimento para ser implantado fica entre R$ 5 e R$ 7 mil podendo cada célula beneficiar cerca de cinco famílias.

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